Sinopse
O acelerado ritmo de crescimento das economias pós-industrial nos últimos cinquenta anos operou alterações no nível de vida das populações através do incremento do consumo individual e colectivo, provocando alterações significativas nos hábitos e modos de vida, que acabou introduzindo algumas distorções nas relações entre os consumidores, por um lado, e os fornecedores, por outro.
Assistiu-se, assim, a uma ruptura do equilíbrio do sistema tradicional de troca, baseado numa relação social despersonalizada, que fez emergir na maior parte da população a preocupação na utilização racional dos seus rendimentos, numa perspectiva de sobrevivência existencial, para não descer abaixo dos mínimos vitais e socialmente aceitáveis.
Ao mesmo tempo, o fenómeno económico da inflação e sua persistência induziu um abaixamento dos rendimentos reais, restringindo o poder de compra das famílias e exigindo uma ginástica na estrutura de gastos para o consumidor indefeso, à mercê da publicidade, perdido no amontoado indiscriminado da produção, desprovido de informação objectiva, manipulado, enganado, e a reboque das tendências e conjunturas do sistema económico e das suas, não raro brilhantes, invenções.
Por isso, esta obra tem como princípio informador propor a negociação como método alternativo que pode ser usado como solução dos conflitos de consumo, permitindo o desenvolvimento de um conhecimento endógeno, ajustado aos desafios do Município, para ser usado como referencial básico.
Nesse contexto, se olha para a negociação como a forma efectiva, eficaz e atraente para servir de alternativa para o consumidor.